Publicada em 15/10/2021
O setor agropecuário tem respondido à demanda da sociedade com o que sabemos fazer de melhor, produzindo alimentos de forma sustentável, ambientalmente correta, com viabilidade econômica e alta eficiência. A necessidade pela produção de alimentos em larga escala coloca sobre os agricultores uma responsabilidade enorme, por isso é necessária a construção de ambientes produtivos cada vez mais eficientes.
A eficiência produtiva de uma lavoura está ligada diretamente à qualidade do solo onde a cultura está instalada, sendo os fatores químicos, físicos e biológicos responsáveis diretamente pela maior produtividade. Dentre estes fatores, as questões químicas, ligadas à nutrição das culturas, são as que possuem maior conhecimento, atuado de forma mais intensa e prática. O investimento que o produtor faz na correção de solo com calagem, gessagem, nitrogênio, fósforo, potássio, entre outros nutrientes, geralmente consome em torno de 25 a 30% do seu custo de produção. Devido a este importante investimento, a decisão deve estar baseada em dados coletados do solo, através de análises do mesmo e mapas de fertilidade que são ferramentas eficientes para o aumento da assertividade da adubação das culturas econômicas, entregando um solo com nutrição adequada e maior segurança produtiva.
Outro fator que se destaca a cada dia é a maior preocupação com o aumento da compactação do solo, que acontece devido ao peso excessivo de maquinários sobre a área, baixos teores de matéria orgânica, tráfego em condições inadequadas de umidade e baixa adoção de rotação de culturas, tudo isso, forma camadas compactadas em subsuperfície, as quais oferecem resistência ao crescimento das raízes, provocando modificações na estrutura do solo (diminuição da porosidade total e número de macroporos), na disponibilidade de água (condutividade hidráulica) e na difusão de gases (falta de oxigênio para o crescimento radicular), afetando também a disponibilidade de nutrientes, tendo influência marcante no crescimento radicular e na absorção dos nutrientes, consequentemente as culturas ficam menos resilientes a períodos de stress por estiagem por exemplo.
A construção de ambientes produtivos mais resilientes é uma busca constante dos produtores e para este fim é necessário entender que a biologia do solo tem papel fundamental e deve ser estimulada das mais diversas formas, com a utilização de rotação de culturas no verão, mix de culturas de cobertura no inverno, aumento do teor de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e aumento da infiltração de água como combate ao escorrimento superficial.
Assim, é importante entendermos que a construção de ambientes mais produtivos, eficientes e resilientes devem ser planejados dentro de cada propriedade e adequados à realidade de cada propriedade. Não existe receita de bolo, o aumento da qualidade produtiva de um solo está conectado ao manejo em conjunto dos fatores químicos, físicos e biológicos.
Dessa forma, é preciso compreender que as ações e investimentos feitos no inverno são mais importantes que os da safra de verão, pois são por essas escolhas, que construiremos o ambiente produtivo e resiliente que a culturas necessitam, garantindo estabilidade produtiva e rentabilidade.
Fonte: Assessoria Agroprecision
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